É verdade que nunca fechou totalmente as portas, desde que os seus 1700 alunos foram para casa, em meados de março. Porque continuou a servir almoços para quem estava no escalão mais baixo do apoio social, e agora entrega até refeições para famílias inteiras.
Mas nos últimos dias, há pela Dr. Azevedo Neves, na Amadora, uma agitação fora do comum. Digamos que muito à medida do que pede este tempo de pandemia. A pensar no regresso de 70 alunos inscritos a exame em disciplinas do 11º e 12º anos, foi preciso reorganizar praticamente tudo.
“Fizemos horários pela quarta vez, este ano”, comenta Bruno Santos, 39 anos, o diretor do agrupamento, antes de acrescentar que as aulas vão decorrer num período único, sem intervalos nem convívio de qualquer espécie. “É mais ou menos o oposto da dinâmica normal de uma escola.”
É o que é preciso para se protegerem, justifica, mas não sem antes deixar escapar o que verdadeiramente o inquieta. “Basicamente, o que fizemos foi replicar o modelo dos dias de exame, para garantir que não há contato entre uns e outros. Mas…será que a escola vai passar a ser sempre assim?”