Há poucos meses, quando deu uma entrevista de vida à VISÃO, André jordan falou do livro que andava a preparar. “É uma autobiografia?”, perguntámos. “São memórias. Porque as memórias eximem você de ter de contar tudo. (risos). Conta só o que convém contar. Tenho esse impulso, até porque esse século foi único na história da Humanidade. Nunca houve uma tal evolução científica ou transformação radical de costumes. Sou do tempo em que as senhoras iam de véu para a missa, o padre ficava de costas e falava em latim.”
Aos 85 anos, André Francisco Spitzman Jordan mantém o “título” de “pai do turismo português”, depois de ter inovado com a criação da Quinta do Lago, no Algarve, ou do Belas Clube de Campo, nos arredores de Lisboa.
A sua história começou em Lwów, cidade polaca em 1933, ano em que nasceu, hoje território ucraniano, e vai acabar em Almancil, no Algarve, onde já comprou um jazigo. “Sem pressa” de lá chegar, como diz este senhor com um largo sentido de humor.
O livro que está nas bancas intitula-se Uma viagem pela vida (ed. Almedina, €26,91) e tem mais de 600 páginas. Ao tamanho de um percurso cheio de boas histórias para contar.