Quando andava na escola, nos anos 1990, Josiah Chua sabia que todos os colegas tinham um Tamagotchi. Hoje, com 31 anos, lembra-se bem como o recreio se enchia de miúdos viciados nos seus animais de estimação digitais. “Nós não éramos bem autorizados a levá-los para a escola, mas escondíamo-los nas mochilas”, conta o agora estilista de moda de Singapura.
O brinquedo em causa era um animal de estimação em forma de ovo que o dono tinha de manter “vivo” com cuidado e atenção constantes e era basicamente um item indispensável pouco depois de seu lançamento, em 1996. Agora, está prestes a voltar.
Segundo anunciou a marca japonesa Bandai, vem aí uma versão totalmente nova e melhorada do brinquedo clássico, a ser lançada na América em julho. E desta vez promete fazer mais do que comer, dormir e morrer. Deixou de ser um mero animal de estimação para uma criatura que pode habitar terras diferentes, assim como casar e reproduzir-se.
“Os nossos fãs estão muito entusiasmados e já fizeram uma série de pré-encomendas”, avançou à BBC a diretora de marketing da Bandai America, Tara Badie, sobre o novíssimo Tamagotchi On.
Acontece que o aparelho nunca desapareceu por completo. Frequentemente, a Bandai lança novos modelos, tanto no Japão como em outros mercados, embora o modelo mais recente seja parte de onda de símbolos dos anos 1990 que têm sido reinventados para as novas gerações.
Segundo uma especialista da Mintel, empresa que faz análises de mercado, o número de produtos retro aumenta à medida que as pessoas procuram conforto nos “bons velhos tempos”. “Pensamos sempre em roupas e na moda, mas os produtos de época são a mais recente tendência”, anuiu.
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