Foi Judy Murray, a antiga campeã de ténis e treinadora Judy Murray, mãe de dois antigos campeões de Wimbledon, Jamie e Andy Murray, quem abriu o coro de críticas à classificação da atitude de Alize Cornet como uma violação do código de conduta. “Uma decisão sexista”, considera Murray, lembrando, no Twitter, que os homens podem trocar de camisola no court.
O incidente teve lugar na terça-feira, durante a partida entre Alize Cornet e Johanna Larsson no US Open, que está a decorrer em Nova Iorque.
Os regulamentos da Associação de Ténis Feminino, WTA na sigla inglesa (Women’s Tennis Association), ditam que as jogadoras não podem trocar de roupa em campo, uma regra que não está prevista para os jogos masculinos. Aliás, no mesmo dia, de muito calor, estrelas como Novak Djokovic e Roger Federer foram vistos a trocar a camisola.
As altas tmperaturas levaram à atribuição de pausas de 10 minutos entre sets – as mulheres antes do início do terceiro e os homens antes do quarto. Foi no regresso ao court após esta pausa que a tenista francesa reparou que tinha vestido a parte de trás do top virada para a frente. A atleta virou-se de costas para as câmaras e trocou rapidamente a camisola, numa “manobra” que não demorou mais do que 10 segundos. Mas o árbitro Christian Rask decidiu que Cornet violou as regras com um comportamento antidesportivo por mostrar o soutien.
Não tardou até que outras estrelas do ténis se juntassem a Murray na condenação à decisão “ridícula”, nas palavras da antiga jogadora australiana Casey Dellacqua.