Segundo o Zoo de Lisboa, a cria de Órix-de-cimitarra (Oryx dammah), tem agora cerca de 20kg (pode chegar aos 200kg na fase adulta) e integra uma família constituída por dois machos e três fêmeas.
“O nascimento de mais um exemplar desta espécie representa um momento muito especial para o Zoo, uma vez que estes animais travam uma grande batalha contra a sua extinção”, congratula-se José Dias Ferreira, Curador de Mamíferos do Jardim Zoológico.
Extinta na natureza, a espécie vive atualmente apenas em jardins zoológicos ou áreas protegidas vedadas, nomeadamente na Tunísia, Senegal e Marrocos, sob cuidados humanos e sob programas de reintrodução a longo prazo. Em comunicado, o Zoo explica que está também incluída no apêndice I da CITES (Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e da Flora Selvagem Ameaçadas de Extinção). Neste apêndice constam as espécies em que o tráfico ilegal representa uma das principais ameaças, podendo levar a estatutos de conservação mais graves.
Os Órix-de-cimitarra têm uns pequenos cornos, que podem atingir 1,20 metros de comprimento, fazendo lembrar uma cimitarra – espada tradicional de alguns povos do Médio Oriente, como árabes, turcos e persas, utilizada pelos antigos guerreiros muçulmanos. Cada fêmea só pode ter uma cria por ano e esta é amamentada até aos quatro meses, altura em que se torna praticamente independente da progenitora. É ruminante, alimentando-se, maioritariamente, de herbáceas e pode passar longos períodos sem beber água.