Acabou de ser apresentado em Bruxelas o próximo programa de apoio à Ciência europeia, que estará em vigor entre 2021 e 2027. Com um orçamento de cem mil milhões de euros, o maior de sempre, foi aprovado sem contestação, como frisou o vice-presidente da Comissão Europeia, Jyrki Katainen. “O Comissário Moedas é um homem de sorte”, disse o finlandês sobre o português Carlos Moedas, que tem a seu cargo a gestão do programa Horizonte Europa. “Ninguém se opõe ao apoio à inovação e à investigação. É investir no futuro”, justificou Katainen.
Relativamente ao programa ainda em vigor, o Horizonte 2020, verifica-se um aumento de 30 por cento. “O programa Horizonte 2020 é uma das histórias de sucesso da Europa. O novo programa Horizonte Europa tem objetivos ainda mais ambiciosos”, sublinhou Carlos Moedas.
Reforçar o papel da Europa na investigação fundamental mas também na aplicada, aproximando os cidadãos europeus da ciência é outro dos objetivos com este novo orçamento.
Acompanhado do aumento de verba, foram ainda indicadas as linhas mestras da próxima fase, como a luta contra o cancro, os transportes limpos ou os oceanos sem plásticos, sempre com a ambição de reforçar o papel da Europa, no mercado global da ciência e da inovação. Neste momento, 20% do que é feito nesta área, em todo o mundo, é produzido no Velho Continente.
Para levar os resultados da investigação para fora dos institutos, foi criada uma nova estrutura, o Conselho Europeu de Inovação, apresentado como “uma loja que irá trazer as ideias mais promissoras do laboratório para aplicações do mundo real, apoiando as start-ups mais inovadoras.”