Estudos anteriores sobre canábis mostraram que o cérebro dos adultos que consumiam canábis apresentavam mudanças e, que quanto mais cedo começavam a consumir, maiores eram essas mudanças. Este novo estudo vem descansar os adolescentes, pois prova que os danos não são permanentes.
Os investigadores da Universidade da Pensilvânia remeteram a vários estudos desde 1970 até ao ano passado para perceber os padrões de desenvolvimento cerebral de adolescentes e jovens adultos em relação à Canábis. Compararam 2,152 consumidores a 6,575 pessoas que nunca tinham usado ou usavam muito raramente.
As conclusões, apesar de fracas, foram consistentes: aqueles que ingeriam ou fumavam, tinham realmente resultados mais baixos na escola. Ao mesmo tempo, o aumento do consumo de canábis está associado a um funcionamento cognitivo mais fraco.
Deste funcionamento cognitivo foram estudadas a aprendizagem, a abstração, a velocidade no processamento de informação, a memória atrasada, a inibição, a memória de trabalho e a atenção.
No entanto, descobriram também que se os jovens estivessem durante 72 horas sem consumir, o efeito era reversível e o cérebro voltava ao normal. Ainda assim, não conseguiram concluir se este processo de reversibilidade muda com a idade.
Já as mudanças produzidas pela canábis na linguagem, na capacidade visuoespacial e o no funcionamento motor não se demonstraram significativas.
Ainda há muito para aprender sobre este assunto, mas para conclusões mais claras, os investigadores defendem que é preciso uma pesquisa maior e mais duradoura do tema, pois a informação já existente é escassa e limitou a investigação.