Seja por motivos de integração social ou por curiosidade, o número de jovens que começam a beber em idades precoces tem vindo a aumentar e com ele o número de riscos associados. Uma nova investigação da Universidade da Flórida, nos EUA, indicou que o risco de morte prematura duplica em pessoas que iniciaram o consumo de álcool antes dos quinze anos.
“Começar a beber precocemente e o estado de embriaguez são fatores associados ao um distúrbio alcoólico e podem representar um papel nas elevadas taxas de mortalidade causadas pelo alcoolismo”, explica Hui Hu, principal autor do estudo.
A investigação, iniciada na década de 1980, recolheu e analisou dados sobre o consumo de álcool de quase 15 mil adultos (entre os 18 e os 44 anos) que foram acompanhados durante 27 anos. Em comparação com os participantes que disseram nunca terem estado alcoolizados, aqueles que estiveram pelo menos uma vez antes dos 15 anos revelaram 47% mais de hipóteses de morrer durante o período do estudo.
Os resultados revelaram que dos 61% de participantes que indicaram já ter experimentado o estado de embriaguez, cerca de 13% dos revelou ter sido antes dos quinze anos. Do grupo de pessoas que iniciou hábitos de consumo de álcool em idades precoces, 37% sofriam de um problema de alcoolismo, uma diferença significativa comparativamente com as pessoas que começaram a consumir álcool mais tarde (11%).
“Ninguém deve interpretar estes dados como fatais. Pelo contrário, estas descobertas são úteis precisamente porque podem ajudar a identificar pessoas em risco e evitar resultados adversos”, diz Gregory Marcus, investigador da Universidade da Califórnia.