Apesar da insistência da mãe para que os filhos, de dois e quatro anos, vivam “livres de toxinas”, o Supremo Tribunal britânico determinou que as crianças sejam mesmo vacinadas.
“Eu realmente lamento que a mãe considere a decisão errada, mas o meu dever é claro”, referiu o juiz Mark Rogers, antes de determinar que os menores recebam as injeções contra a difteria, poliomielite, meningite, sarampo, papeira e rubéola.
Segundo o The Indepedent, a mãe, cuja identidade não é revelada, é adepta do veganismo e afirma que a alimentação das crianças é totalmente à base de produtos naturais.
O mais velho dos menores, agora com quatro anos, já tinha sido vacinado, mas a progenitora acredita que o aparecimento de dermatite seborréica, eczema e tosse persistente foram efeitos colaterais provocados pela vacinação.
“Ela é obcecada, extremamente protetora e mente fechada”, alegou o pai das crianças ao tribunal, acrescentando que a mãe das crianças põe, alegadamente, em causa toda a medicina convencional e não permite que os filhos tomem medicamentos com paracetamol.
«O que eu aprendi é que sim, as vacinas funcionam algumas vezes, mas há um risco na vacinação. Os fabricantes de vacinas têm dito que as vacinas são ‘inevitavelmente inseguras'”, disse a progenitora ao tribunal.
Sobre as suas convicções, a mãe defende que “nenhuma vacina é vegan. Nenhum médico vai criticar a ação da vacinação porque terá medo de perder o emprego. Não é natural ser injetado com elementos metálicos. Vai contra a minha ideologia que os meus filhos sejam injetados com algo que é produzido em células animais ou que foi testado em animais.”
Como a mãe não conseguiu a comparência de um médico que sustentasse o seu ponto de vista em tribunal, o juiz Mark Rogers decidiu que as crianças iriam receber as vacinas, como defendia o pai dos menores.
“Tenho sérias preocupações quanto à capacidade (da mãe) para olhar objetiva e imparcialmente”, disse o juiz, após a publicação da sua decisão final, que tem por base uma lei de 1989, que permite aos tribunais “passar por cima” dos pais em função do que for melhor para a criança.