Os autores da investigação, lançada na África do Sul e publicada na revista especializada britânica Lancet afirmam que há novos antibióticos a entrar no mercado, mas que são precisos testes de diagnóstico eficazes para poder orientar o tratamento em cada caso.
Caso contrário, afirmam, as novas drogas serão inúteis para travar o aumento das estirpes de tuberculose com grande resistência a vários tipos de medicamentos.
A tuberculose é a doença infecciosa que mata mais pessoas no mundo anualmente, com números da ordem de 1,8 milhões em 2015, 60% das quais concentradas em seis países: Índia, Indonésia, China, Nigéria, Paquistão e África do Sul.
Dos casos da doença registados, um em cada cinco resistia a pelo menos um medicamento dos mais usados contra a tuberculose e 5% apresentava resistência a outros tipo de fármacos usados no tratamento.
Esta dificuldade de tratar a doença, já de si difícil e prolongada, traduz-se em mortalidade mais alta, risco de contágio para o pessoal de saúde, tratamentos caríssimos e um problema de saúde pública.
Os antibióticos revolucionaram na década de 1950 o tratamento da tuberculose mas o seu uso em massa levou a um aumento de bactérias que lhes resistem, com mutações genéticas provocadas por tratamentos mal feitos.