Em todo o mundo, mais de 1,7 milhões de mortes infantis devem-se a causas ambientais, como poluição do ar ou água contaminada. Revelado esta segunda-feira, o relatório da OMS dá conta de uma nova investigação que descobriu que as causas mais comuns da mortalidade infantil – diarreia, malária e pneumonia – estão a ser exacerbadas pela poluição.
A OMS acredita mesmo que um quarto do total de óbitos em 2012 podia ter sido evitado com medidas sérias contra a poluição.
O relatório sublinha ainda o perigo dos ambientes poluídos para as mulheres grávidas, podendo aumentar significativamente as hipóteses de partos prematuros.
A exposição a químicos perigosos através do ar, da comida, da água e de produtos usados no dia-a-dia é associada a problemas de desenvolvimento cerebral, com o lixo eletrónico a ressaltar como uma ameaça para as capacidades cognitivas das crianças.
3 números do relatório:
– 570 mil crianças com menos de cinco anos morrem na sequência de infeções respiratórias atribuíveis à poluição ambiental e fumo passivo;
– 361 mil crianças com menos de cinco anos morrem com diarreia, por falta de acesso a água potável e higiene. 270 mil mortes no primeiro mês de vida podiam ser evitadas com acesso a água limpa e condições sanitárias;
– 200 mil mortes de crianças com menos de cinco anos, vítimas de malária, podia ser evitadas com medidas ambientais que reduzissem os locais de reprodução dos mosquitos;