Atualmente, decidir que destino post mortem irá ter o que deixamos da nossa vida em numerosos espaços online é, dir-se-ia, um procedimento de preparação da morte equivalente, por exemplo, à escrita do testamento.
Mas como fazê-lo? Hoje, é (relativamente) fácil, e pode haver mais do que uma opção. Confira.
A empresa de Mark Zuckerberg aceita que você designe uma pessoa para gerir o seu legado nesta rede social, após a morte. Essa pessoa poderá, então, escrever um post que permanecerá no topo da sua página, atualizar a sua foto de perfil e responder a perguntas de amigos. Pode também autorizar que a pessoa referida faça um download para arquivar a sua atividade pública (posts, fotos, likes…), mas esse gestor, ou gestora, não terá permissão para ler as suas mensagens no chat. Assim, os seus segredos mais íntimos ficam salvaguardados.
Em alternativa, pode ordenar que a sua página seja totalmente apagada, logo que o Facebook receba a notificação da sua morte.
Mas para que a sua página no Instagram seja também apagada, já tem de ser um seu familiar, devidamente identificado, a fazer a solicitação.
A possibilidade oferecida pela empresa é “generosa”: permite-lhe que escolha até dez pessoas para serem as gestoras da sua conta, depois da morte. E, ao contrário do que acontece no Facebook, aqui você pode permitir que essas pessoas tenham total acesso à sua conta, incluindo o e-mail e conversas de chat, e possam fazer download de ficheiros por si especificados.
Mas também tem a opção contrária: não permitir, aos gestores do seu legado, que acedam seja ao que for. Conta encerrada e adeus.
LINKEDIN, SNAPCHAT, TUMBLR
Permitem, os três, que um familiar próximo solicite o encerramento da conta. Apenas o Snapchat exige uma cópia da certidão de óbito.
Mas nenhum dos três tem ainda no seu algoritmo a figura do gestor do legado.
A Yahoo e a Microsoft possuem igualmente protocolos standard para que familiares próximos requisitem o encerramento da conta da pessoa falecida.
CUIDADO COM AS ‘PASSWORDS’ ENCRIPTADAS
Já houve casos em que familiares precisaram de ter acesso a ficheiros online da pessoa falecida e confrontaram-se com passwords encriptadas e irresolúveis. O melhor e mais prático conselho é este: dê essa chave a alguém da sua máxima confiança.