Não me é fácil escolher uma das muitas memórias que guardo de uma infância passada numa casa repleta de pessoas. E, naturalmente, como o mais novo de 12 filhos, facilmente se adivinhará que fui algo privilegiado pelos meus irmãos. Lembro-me de uma bonita mota de madeira com rolamentos que eles uma vez me ofereceram e que continua ainda presente nas minhas recordações.
Portugal precisa de estabilidade e disciplina, para recuperar prestígio e confiança nas relações com os nossos parceiros. Não necessita seguramente de entrar em populismos e aventuras, cujos maus resultados bem se conhecem em outros lugares onde o caminho inicial foi semelhante.
Viseu é a minha eterna namorada, a minha grande paixão. Gosto desta terra como gosto de mim. É um amor difícil de descrever, mas é incondicional. Estar em Viseu, passear por Viseu, é para mim tão necessário como respirar.
Em Bruxelas sinto-me mais um de uma multidão de “estrangeiros” que aqui desempenha as mais diversas funções. Apesar de tudo Bruxelas é uma cidade acolhedora, onde se cruzam pessoas e culturas dos quatro cantos do Mundo, o que lhe confere um estranho mas agradável ambiente.
O meu bigode é uma marca identitária de que não penso livrar-me. Acho até que se o cortasse nenhum conterrâneo me reconheceria. Adaptando um conhecido spot publicitário: “Poderia viver sem bigode!? Podia, mas não era mesma coisa.”
Com os atentados em Bruxelas não mudei nada de especial, a não ser o facto de agora dar mais atenção a alguns pormenores que anteriormente me passavam despercebidos. Mas o que mudou radicalmente é a acessibili- dade ao aeroporto e o calvário em que se transformou o sistema das partidas.