Se está a tentar emagrecer, de certeza que tem em casa produtos que se anunciam magros, light, diet ou zero. Mas, atenção: Se por ter comprado essas versões pensa que pode comer esses alimentos em barda, é melhor regressar ao hábito anterior.
Se consegue manter-se regrado, então em alguns casos valerá a pena, assegura o nutricionista Pedro Carvalho, autor do livro Os Mitos que Comemos, acabado de lançar.
“Para emagrecer convém dar um corte substancial no aporte calórico que se tem vindo a fazer até então”, explica este profissional. Isso pode conseguir-se passando a ingerir as versões magras de alguns alimentos e lendo os rótulos com muita atenção. Fique a saber que, a partir de uma redução de 30% de açúcar ou gordura, o produto já é considerado magro (mas essa redução pode ter sido compensada com outros ingredientes que estragam tudo).
Os iogurtes são um ótimo exemplo das vantagens dos alimentos light. “A sua versão magra, sem açúcar, permite eliminar gorduras e açúcares desnecessários e respetivas calorias, condensando o que realmente interessa, ou seja, o seu teor proteico e de cálcio.”
Os queijos e fiambres light também ajudam a concentrar o teor proteico, dispensando-nos de ingerir mais gordura (é preferível ir buscá-la aos frutos secos, peixes ou sementes). Mas escolher um queijo magro que realmente seja integrável numa dieta nem sempre é tarefa fácil. “Devemos privilegiar os que têm mais proteína e menos teor de hidratos de carbono e gordura”, avisa Pedro Carvalho no capítulo dedicado aos mitos que este tipo de comida suscita.
E, depois, há que não se deixar ir na mensagem publicitária. O nutricionista dá exemplos claros: a gelatina que nunca teve gordura mas que tem no rótulo 0%, as batatas fritas light que continuam a não ter interesse nutricional ou as barras de cereais carregadas de açúcar.