A RTP prometeu. A RTP cumpriu. No final do ano passado, quando o canal estatal anunciou a estreia de Terapia, uma série com Virgílio Castelo no papel de terapeuta, jurou que ela iria ser apenas a primeira de muitas produções nacionais de grande qualidade que se estreariam no pequeno ecrã. Terapia não desiludiu. A história, apesar de ser uma adaptação, estava bem próxima da nossa realidade, e o nível de representação (quase sempre num pseudo-monólogo) foi brilhante.
Talvez por isso a expectativa seja elevada para esta Aqui Tão Longe, com estreia marcada para terça, dia 29 de março (passará de terça a sexta), às dez da noite, agora que Terapia chegou ao fim.
A história, um original escrito por Filipe Homem Fonseca e produzido pela SP Televisão, decorre em Lisboa, na atualidade, portanto muito pautada pela crise social, económica e de valores. E pelo terrorismo, tema que não podia ser estar mais quente. A série começa, aliás, com um país em estado de choque com a notícia da queda de um avião e da possibilidade de se tratar de um atentado.
Daniel Deusdado, diretor de programação da RTP1, desvendou que Aqui Tão Perto “retrata um problema essencial do Portugal de hoje, o desemprego. É o novo retrato das famílias portuguesas onde a emigração está muito presente”.
Conta-se com José Mata e Filipa Areosa no protagonismo dos 32 episódios de 40 minutos, mas o restante elenco também é de peso: Margarida Carpinteiro, Rui Mendes, Fátima Belo, Miguel Damião, Teresa Macedo, Inês Curado, Cláudio da Silva, Jacob Jan de Graaf, Carlos Malvarez e Manuela Couto.