Dizer que a sede da Microsoft fica em Seattle, como é habitual, é o mesmo que dizer que a fábrica da Auto Europa, ali ao pé de Palmela, fica em Lisboa. Pouco exato. A própria expressão “sede da Microsoft” induz em erro. Não há uma grande construção com a célebre janelinha multicolor iluminada no topo mas sim uma espécie de pequena cidade, em Redmond, a cerca de 20 quilómetros de Seattle, com mais de uma centena de edifícios (nenhum deles de habitação), interligados por um supereficaz sistema de shuttles que qualquer funcionário pode chamar, gratuitamente, através de uma aplicação no telemóvel. De todos os 125 edifícios, só um, o 92, está aberto a visitantes. Aí se celebra a história da Microsoft desde a sua fundação, em Albuquerque (Novo México), em 1975.
Mas a nova era da Microsoft, inaugurada com a chegada do indiano Satya Nadella, 48 anos, a CEO da empresa em fevereiro de 2014, está claramente mais virada para o futuro do que para a celebração do passado.
E o futuro espreita-se, ali, em vários locais… Um dos mais surpreendentes está representado no livro de recordes do Guinness. Fica no AudioLab, onde se investiga tudo o que está relacionado com o som (ao serviço dos novos dispositivos e software com a marca da Microsoft). É um cubo onde, de forma serena e ameaçadora ao mesmo tempo, estamos rodeados de pontas afiadas por todos os lados (andamos sobre uma quase invisível trama de fios metálicos). Aquele é o lugar mais silencioso à face da Terra: as paredes que nos rodeiam absorvem entre 99 e 100% dos sons. Saiba mais sobre essa camâra anecóica (palavrão que significa “sem ecos”) NESTE LINK e leia toda a reportagem na VISÃO desta semana.