O motor de busca de hotéis Trivago, consultado mensalmente, por 80 milhões de utilizadores, selecionou 10 destinos mundiais para fazer turismo astronómico:
Grande Lago do Alqueva (Portugal)
A região do Grande Lago do Alqueva, no Alentejo, é um dos destinos de eleição para ver estrelas, constelações e galáxias distantes, durante a maior parte do ano. Foi o primeiro destino Starlight no mundo.
Ilhas Canárias (Espanha)
A qualidade dos seus céus estrelados torna as ilhas de La Palma e Tenerife excelentes destinos turísticos astronómicos. Ambas as ilhas têm leis que regulam os níveis de poluição e rotas aéreas.
Havelland (Alemanha)
O parque natural da região de Havelland foi reconhecido pela IDA – Associação Internacional do Céu Escuro. Aqui é possível, à primeira vista, ver a Luz zodiacal (luz solar dispersa pela poeira no espaço) e o Gegenschein (uma mancha elíptica de luz), bem como a Via Láctea e as Luzes do Norte.
Península de Iveragh (Irlanda)
A reserva Kerry International Dark-Sky foi a primeira com este estatuto na Irlanda, tendo inclusivamente alcançado a medalha de ouro, única da Europa. As montanhas Kerry e o Oceano Atlântico protegem a poluição luminosa, tornando possível ver, a partir deste ponto, a Via Láctea e a galáxia Andrómeda.
Islândia
Todo o país tem contaminação de luz baixa graças às muitas regiões desabilitadas, tornando-o assim num local ideal para observar estrelas. São, no entanto, as auroras boreais o fenómeno que atrai o maior número de turistas. O fenómeno é visível em qualquer época do ano enquanto houver escuridão, mas tem mais visibilidade em setembro e abril.
Deserto do Namibe (Namíbia)
As reservas estabelecidas para proteger e conservar o património natural são lugares perfeitos para admirar o céu estrelado, sendo a Reserva Natural NamibRand uma reserva pioneira: para além de proteger e conservar a ecologia e os animais selvagens do deserto, a sua missão inclui também programas para preservação dos céus noturnos.
Grande Karoo (África do Sul)
O Grande Karoo é uma região semidesértica com planícies sem fim e um céu limpo. É lá que se encontra Sutherland, uma pequena cidade famosa pelas suas atividades de aventura, mas que a partir do momento em que acolheu o maior telescópio do hemisfério sul tem visto o número de turistas à procura das estrelas aumentar. O instrumento é utilizado por astrónomos, sendo capaz de explorar o espaço profundo, testemunhando o nascimento e morte de planetas, a observação de galáxias distantes ou ainda a gravação da escala e idade do universo a milhares de milhões de anos-luz de distância.
Deserto do Arizona (EUA)
Cenário emblemático dos filmes e paragem obrigatória da Route 66, o Deserto do Arizona é também um local perfeito para observar o céu estrelado. Muitos dos parques que se estendem ao longo do deserto estão protegidos e são reconhecidos internacionalmente. As regiões de Sedona e Flagstaff são as mais ativas na promoção das atividades astronómicas – passeios ao parque Red Rock State Park, visitas à cratera mais bem preservada do mundo ou ao Observatório Lowell são algumas das hipóteses disponíveis.
Deserto de Atacama (Chile)
O Chile é um paraíso para os aficionados da astronomia, com mais de 30 observatórios espalhados por todo o país e um terço de todos os telescópios do mundo. É no deserto de Atacama, onde estão instalados megatelescópios e observatórios, que se encontra o Observatório de Paranal – o maior observatório astronómico do universo.
Parque Nacional Aoraki / Mount Cook (Nova Zelândia)
O Monte Cook é berço da primeira reserva dos céus escuros do hemisfério sul, a Reserva Aoraki Mackenzie, considerada a maior do mundo. A partir daqui é possível observar alguns dos fenómenos noturnos do hemisfério sul como a Aurora austral ou as nuvens de Magalhães. Todos os anos em Outubro a reserva recebe o Festival Starlight, um evento que celebra a criação da reserva com atividades educativas sobre as estrelas, o céu, os problemas da poluição luminosa, bem como a valorização do ambiente e do espaço exterior.