Em 2040, o buraco na camada de ozono deverá manter-se abaixo dos 20 milhões de quilómetros quadrados (passa dos 31 milhões, atualmente) e, no final do século, espera-se que esteja completamente fechado.
Foi em 1985 que os cientistas descobriram a perda de grandes quantidades de ozono sobre a Antártida, devido aos produtos químicos utilizados em aerossóis, frigoríficos e extintores, entre outras aplicações. Dois anos depois, o Protocolo de Montreal determinava a progressiva proibição de produtos como os CFC (clorofluorcarbonetos), que, descobriu-se, interagiam com a radiação UV para libertar cloro, que destrói o ozono. Um atómo apenas de cloro pode destruir mais de 100 mil moléculas de ozono, segundo a Agência norte-americana de Proteção Ambiental. Com as correntes de vento a empurrar os CFC em direção aos polos, o efeito tornou-se aí mais pronunciado, com o vortex polar a “encurralar” os químicos, levando-os a enormes concentrações.
A camada do ozono, situada de 15 a 30 kms acima da Terra protege o planeta dos raios ultravioleta, que podem provocar queimaduras, cancro e cataratas.