À primeira vista, são só pontos positivos: as pessoas bonitas beneficiam do chamado “efeito halo” – mesmo sem nos apercebermos, associamos a aparência ao caráter, assumindo como sinal de competência ou honestidade, por exemplo, uma primeira impressão positiva causada pela beleza ou pela simpatia.
Essa é uma razões, aliás, por que se estima que as pessoas bonitas ganhem mais cerca de 12% do que os seus pares menos atraentes.
No entanto, a beleza pode ter um revés profissional. “Ser atraente pode custar-lhe oportunidades – empregos, tarefas, bolsas, promoções”, escreve a professora Heidi Grant Halverson, da Universidade de Columbia, Nova Iorque, no seu novo livro. Como resume o Bussiness Insider, a propósito do lançamento da obra: Se fizer o seu entrevistador sentir-se inseguro, isso não vai ajudar a sua carreira.
Para uma experiência levada a cabo em 2011 pela psicóloga alemã Maria Agthe, foi pedido a 223 mulheres e 162 homens que classificassem candidaturas a um emprego, que incluiam foto, para a posição de editor numa revista política. Sem surpresas, ambos os sexos atribuíram notas mais altas às pessoas atraentes do sexo oposto e mais baixas às pessoas atraentes do mesmo sexo.
Mais tarde, um follow-up do mesmo estudo levou a que 265 estudantes de psicologia fossem chamados a avaliar candidaturas a uma bolsa, desta vez com base num vídeo. Mais uma vez, as capacidades dos candidatos atraentes do sexo oposto foram sobrevalorizadas, em oposição aos igualmente bem parecidos mas do mesmo sexo.
A psicóloga Tracy Vaillancourt, na Universidade do Ottawa fala em “agressão indireta”, uma forma de reduzir a capacidade ou desejo dos rivais do mesmo sexo de competir.