O Museu de História Natural de Nova Iorque, no âmbito das celebrações do dia de Darwin, lançou o “Projeto dos Manuscritos Darwin”. Esta é uma iniciativa totalmente digital e aberta, acessível através do endereço darwin.amnh.org.
Numa base de dados criada em colaboração com a Universidade de Cambridge, no Reino Unido, o Museu de História Natural de Nova Iorque fotografou digitalmente a totalidade dos manuscritos científicos de Darwin em alta resolução e transcreveu os milhares de apontamentos e notas do naturalista britânico.
Os manuscritos retratam com fidelidade o trabalho de Darwin e são uma janela para a conceção e desenvolvimento de uma das mais importantes teorias de história da humanidade.
“Os documentos estão organizados de acordo com a sua relação com a criação da ‘Origem das Espécies’, seguindo um critério temático e educacional” explica David Kohn, diretor e editor do projeto. O objetivo desta página de fácil navegação é permitir que tanto investigadores como simples curiosos possam entrar, por exemplo, nas inúmeras revisões que Darwin fez do seu livro. Revisões que podem ser por vezes “bastante excêntricas” afirma Kohn.
A coleção centra-se nos manuscritos científicos de Darwin e é “necessariamente um trabalho que continuará por mais 25 ou 30 anos” revela Kohn. Por agora qualquer interessado pode mergulhar na génese da evolução através dos documentos que estão já disponíveis e que continuarão a ser publicados até ao verão. Nos próximos cinco anos mais de 40,000 documentos anotados pelo pai da evolução serão partilhados com o público em geral.