Segundo Emília Sande Lemos, presidente da Associação de Professores de Geografia, a oscilação de 2,8 pontos, numa escala de zero a 100, é perfeitamente normal, dado que não houve alterações do programa nem da carga horária. “A média é sempre positiva”, refere a docente, contente com os bons resultados numa prova que cobre dois anos de matéria e implica uma abordagem científica no domínio da Geografia Física e da Geografia Humana de Portugal, bem como do seu enquadramento na União Europeia. “Onde surgem mais problemas é nas perguntas abertas, de desenvolvimento, quer devido à formulação quer ao elevado grau de dificuldade de interpretação e de domínio da escrita científica”, adianta. Já o exame de 2013 foi menos bem recebido: “A escolha de alguns aspetos específicos, bem como a sua formulação, puseram em causa a visão da prova como uma boa amostragem das aprendizagens realizadas pelos alunos ao longo de dois anos”, recorda a docente, ou seja, acrescentou, o esforço realizado por alunos e professores. “Focavam pormenores pouco significativos das aprendizagens efetuadas, balizadas pelos programas e linhas orientadoras”, insiste Emília Lemos. Para piorar o retrato, remata a responsável da APG, as perguntas de desenvolvimento estavam formuladas numa linguagem demasiado difícil para este nível etário. “Pela primeira vez, desde que há prova de exame, a média nacional dos alunos internos foi negativa.”
Geografia: Boas notas
A média positiva revela o empenho no trabalho de alunos e professores