Aos 15 anos, Nuno Pedrosa fugiu de casa para explorar a Madeira, sem saber que havia um oceano a separar o arquipélago do continente. Joana Oliveira licenciou-se em Turismo, mas queria ser ela a turista. Ele tem 39 anos, ela 36, e são ambos aventureiros desde cedo.
Há nove anos, os seus caminhos cruzaram-se e estão juntos deste então. Por esta altura, os globonautas, como se apresentam, já fizeram grande parte de uma viagem que iniciaram há dois anos e meio.
Em janeiro de 2012, aterraram na Nova Zelândia, de lá pedalaram até La Rochelle, na zona ocidental de França (onde se encontravam nos últimos dias de agosto) e preveem chegar a casa, em Leiria, no início de outubro. Sim, milhares e milhares de quilómetros percorridos sobre os selins das biclas que levaram de Portugal. Nas memórias, guardam mais de trinta países.
Para Joana, a experiência de voluntariado na associação NaTerra, em Timor-Leste, foi um dos pontos altos.
Para Nuno, serão as jornadas pelas estradas íngremes, no meio das montanhas do Tajiquistão, que o hão de acompanhar para sempre. No entanto, ambos concordam em que, numa viagem desta dimensão, é difícil escolher um lugar favorito. “Encontrámos coisas muito boas em todos os países. Talvez Timor-Leste, pelo que vivi com as pessoas de lá”, explica Joana. “Se tivesse que escolher um sítio, diria Tajiquistão, mas depois também China, Irão, Timor, Austrália, Nova Zelândia…”, afirma Nuno.