Um artigo publicado na Nature Medicine descreve um processo de combate ao cancro através da imunoterapia centrado não diretamente nas células cancerígenas mas nas que as rodeiam e que atuam, de certa forma, como seu “escudo”.
A investigação, a cargo de cientistas norte-americanos da Universidade do Texas, consistiu em identificar uns péptidos que têm a capacidade de unir-se especificamente a estas “células-escudo” (células mieloides supressoras – MDSC), para assim marcar estas células e dirigir-lhes diretamente um ataque.
Numa fase posterior, os investigadores juntaram anticorpos a estes péptidos, num processo que pode comparar-se a junção de um explosivo com uma chave: só explodirá na fechadura certa, neste caso, as tais células, deixando assim expostas, por sua vez, as células cancerígenas, que ficam à mercê de um sistema imunitário devidamente “treinado” para as atacar (imunoterapia).