Chama-se Crispr e é a técnica que pode corrigir uma única “letra” do alfabeto genético. Através das enzimas (grupo de substâncias orgânicas de natureza normalmente proteica), atinge partes específicas do banco de dados do ADN.
A doença hepática genética foi curada em ratos adultos, pela primeira vez, usando uma técnica de manipulação do genoma, ‘jaw-dropping’, que em breve poderá ser utilizada nos seres humanos. Esta técnica foi utilizada para modificar uma letra do alfabeto genético do rato, no gene associado ao metabolismo do fígado.
Os cientistas acreditam que será possível que os ensaios clínicos em humanos comecem nos próximos anos.
Esta técnica pode vir a tratar distúrbios como a anemia falciforme (doença hereditária caracterizada pela malformação das hemácias) e a doença de Huntington (distúrbio neurológico hereditário caracterizado por causar movimentos corporais anormais e falta de coordenação).
A Crispr também pode vir a ser usada para corrigir defeitos genéticos em embriões, permitindo que as doenças sejam dissipadas, antes de o bebé nascer.
Esta inovação aconteceu quando os cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) descobriram que podia ser combinada uma enzima do ADN, chamada Cas9, e utilizada para alterar o genoma humano.
Os cientistas acreditam que a técnica é tão precisa que pode ser utilizada para a ‘terapia genética’, ou seja, substituir genes defeituosos por genes saudáveis, como no caso de vírus incuráveis, HIV por exemplo, ou doenças como o cancro.