Apelidada de “hormona do amor”, por ser libertada durante o beijo, a relação sexual, o parto e a amamentação, a ocitocina foi administrada a pacientes sob a forma de spray nasal e terá auxiliado na redução da obsessão com a alimentação, tornando o doente menos propenso a preocupações relacionadas com o aspeto físico.
Depois da administração da hormona, os voluntários deste estudo apresentaram um interesse diminuído por imagens de comida, barrigas lisas e expressões faciais que representavam raiva, repulsão ou desagrado.
Ainda estão a ser desenvolvidos estudos, mas, se a teoria estiver correta, este poderá ser um procedimento a adotar para o tratamento do distúrbio, dentro de dois a três anos.
Youl-Ri Kim, professor da Universidade Inje de Seul, na Coreia do Sul e principal autor do estudo, publicado na revista Psychoneuroendocrinology, disse que “a pesquisa mostra que a ocitocina reduz aos pacientes com anorexia as tendências de se concentrarem em alimentos, no corpo e nas emoções negativas.”
Janet Treasure, co-autora estudo, afirmou também que “os pacientes com anorexia têm dificuldades sociais que começam muitas vezes na adolescência, como o isolamento”.
Além de problemas em lidar com a comida e com a sua aparência física, os pacientes com anorexia têm muitas vezes tendências suicidas, dificuldades de integração na sociedade, ansiedade e hipersensibilidade às emoções.
Em Portugal, a anorexia fez 161 vítimas mortais, em 2011.