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Capacidade para aprender
Os administradores da Google não se deixam impressionar por um candidato que saiba “tudo sobre tudo”. Lazlo Bock diz que “boas notas não prejudicam”, mas que a capacidade cognitiva principal é a de “conseguir aprender”. “Ter a habilidade para conseguir juntar pontos de informação dispersos”, é a chave para a evolução, descreve o responsável.
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Liderança
Neste ponto, o responsável pelos Recursos Humanos distingue “liderança emergente” de “liderança tradicional”. “Foi presidente do clube de xadrez? Vice-presidente das vendas? Não queremos saber”, afirmou, sublinhando que o que interessa à empresa à perceber como o candidato age enquanto elemento de uma equipa, perante um problema. “Queremos saber se na altura própria entra em cena e lidera. E, igualmente importante, se recua e deixa alguém liderar. Porque para ser um líder eficaz é preciso saber delegar poder”.
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Humildade intelectual
Bock destaca o “sentido de responsabilidade” para agir, tentar resolver um problema, mas sobretudo a humildade para recuar e aceitar as ideias melhores que outros tenham tido. Trata-se de “humildade intelectual”.
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Saber lidar com os erros
A Google recebe todos os dias candidaturas de “pessoas de sucesso”. Laszlo Bock não se deixa espantar pelos currículos, e diz que o problema deste tipo de trabalhadores “é estarem raramente habituados ao fracasso, e quando ele acontece, têm dificuldades em aprender com os erros”.
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Experiência
É o atributo menos importante. E Bock explica porquê: “Se alguém tem uma grande capacidade intelectual, é naturalmente curioso, disposto a aprender e tem capacidades de liderança emergentes (…) e não tem conhecimento prático e o compararmos com alguém que é um perito nesse campo, o perito vai dizer: ‘Já vi isto 100 vezes, faz-se assim'”. Na maioria das vezes, nota o responsável, o que não é perito vai chegar à mesma solução ou, melhor ainda, com uma “solução completamente nova”.