Durante os motins de 2011, em Londres, correu o boato de que os animais do zoo tinham sido libertados. Mais recentemente, o Twitter e o Facebook “mataram” Michael Schumacher e até encontraram o corpo de Maddie McCann. E onde há um conflito, há rumores nas redes sociais com informações contraditórias sobre o que se passa.
Agora, um grupo de investigadores de vários países propõe-se encontrar uma forma de verificar rapidamente a autenticidade e origem da informação, de maneira a que jornalistas, governos e serviços de emergência possam saber o que verdadeiramente se passa e agir em consonância. Para isso, o projeto Pheme, financiado pela UE, está a construir um sistema informático capaz de identificar os mitos urbanos antes de estes se tornarem virais.
O Pheme (da mitologia grega) vai classificar os rumores em quatro tipos: especulação – sobre as taxas de juro por exemplo, controvérsia – como a ligação da vacina tríplice ao autismo, informação errada – quando uma mentira é propagada involuntariamente e “desinformação”, quando o é com intenção. O sistema deverá categorizar automaticamente as fontes para avaliar a sua credibilidade e analisar ainda se a informação provém de uma conta criada especificamente para espalhar informação falsa.