O ano passado foi considerado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) como o sexto mais quente de sempre. Os dados revelados indicam que 2014 seguirá o mesmo registo.
De acordo com Michel Jarraud, secretário-geral da OMM, a tendência de aquecimento global mantém-se, em linha com o que as temperaturas de 2013 comprovam. “As temperaturas globais continuarão a subir nas próximas gerações”, declarou.
A Organização Meteorológica Mundial regista as temperaturas desde 1850 e classificou o ano de 2013 como o 6º mais quente de sempre. Para a organização, esta classificação é fidedigna. As temperaturas registadas antes da revolução industrial nunca superariam as registadas daí em diante.
O aquecimento global tem-se acentuado. Dos 14 anos mais quentes de sempre, 13 registaram-se no século XXI. Os anos mais quentes de sempre foram 2005 e 2010, quando as temperaturas se situaram 0,55 graus centígrados acima da média.
Se apenas for considerada a temperatura continental, o ano de 2013 ficou 0,85 graus centígrados acima da média. Sem as temperaturas nos oceanos, o ano passado foi o quarto ano mais quente da história.
Quanto às razões que levaram 2013 a ser tão quente, as temperaturas elevadas no hemisfério sul (especialmente durante os meses de novembro e dezembro) foram decisivas para a classificação.
Nos dois últimos meses de 2013, a Austrália registou as temperaturas mais altas de sempre. Este ano, e tendo em conta o verão do hemisfério sul, as previsões não são animadoras. Brasil e Argentina já enfrentaram ondas de calor extremo durante o mês de janeiro.
Ondas de calor assolaram Portugal em 2013
No verão de 2013, também Portugal registou ondas de calor. O país registou duas ondas de calor nos meses de junho e julho. A primeira, que assolou o país entre 22 e 30 de junho, atingiu a região centro. A segunda afetou trás-os-montes entre 3 e 13 de julho. Os dados foram divulgados pelo IPMA (Instituto Português do Mar e da Atmosfera).
O fenómeno das ondas de calor tem-se acentuado no país. De acordo com os registos meteorológicos, Portugal só tinha registado três ondas de calor nas últimas três décadas: em 1981, em 1991 e em 2003.
Para que o registo de temperaturas altas seja considerado uma onda de calor, é necessário que a temperatura esteja acima da média para a altura do ano durante mais de seis dias consecutivos.