Desenvolvida por investigadores norte-americanos, a impressora 3D já começou a dar os seus frutos ao contribuir para salvar a vida de uma criança durante uma cirurgia de alto risco. Os médicos inseriram a peça de plástico durante a operação e conseguiram resolver uma grave doença respiratória.
Kaiba Gionfriddo, que está agora com um ano e sete meses, tinha apenas três meses quando passou por este processo. Nasceu com um problema nos brônquios e tinha grandes dificuldades em respirar, sendo atacado por uma “crise” quase todos os dias. Por consequência, o coração estava também em risco de parar a qualquer momento.
Kaiba não podia deixar o hospital onde nasceu porque precisava das máquinas que o ajudavam a respirar. Um ano depois da cirurgia, a criança nunca mais teve nenhuma crise respiratória, conseguindo a sua vida normal.
“É uma criança bastante saudável”, disse Glenn Green, o otorrinolaringologista do Hospital da Universidade de Michigan, em Ann Arbor. O médico foi um dos responsáveis por acompanhar todo o processo de Kaiba e foi também um dos autores do artigo científico que descreveu este avanço na revista “New England Journal of Medicine”.
A peça é adaptável ao crescimento da criança, o que permite a Kaiba crescer sem novas crises, apesar de continuar a ser acompanhado regularmente.
Foi a primeira vez que uma tecnologia deste género foi usada num paciente mas a novidade foi bem recebida pelos médicos que não participaram do trabalho.
“Fiquei impressionado com o que eles conseguiram fazer”, afirmou Robert Weatherly, pediatra da Universidade do Misouri, em Kansas City.