O estudo envolveu vários homens que viveram uma situação de perigo iminente, tanto para a mãe como para o bebé, durante o parto, e concluiu que os hospitais deveriam prestar maior atenção aos pais depois de situações de parto traumáticas, visto que são estes que menos ou nenhum acompanhamento recebem.
O isolamento no corredor do hospital sem qualquer informação acerca do filho e da parceira, e o medo que sentiram pela vida dos dois são situações referidas por todos os participantes no estudo. A falta de informação dos pais num parto traumático revelou-se, de resto, como um dos maiores impulsionadores de complicações psicológicas nos homens.
Mas há, claro, casos mais dramáticos que outros. É o caso de Darren Dixon, um pai que, apesar de já terem passado sete anos desde o nascimento do filho, não conseguiu ainda voltar a trabalhar. O trauma de ter visto a mulher Sarah inconsciente e ensanguentada a ser levada para os cuidados intensivos e a filha sem respirar a ser retirada de emergência por cesariana trouxe-lhe tantos problemas psicológicos que acabou por lhe ser diagnosticado stress pós-traumático.