A cidade de Norrkopin no sudoeste da Suécia foi pioneira neste tipo de estabelecimento escolar. Atualmente, tem quatro creches que não funcionam no tradicional horário das 6h às 18h dos dias úteis, mas sim durante a noite e ao fim-de-semana.
A primeira foi aberta há 20 anos. Atualmente, estes centros pré-escolares nocturnos existem em 123 das 290 áreas administrativas do país e são frequentadas por quase 5 mil crianças.
As crianças chegam à hora de jantar, são preparadas para dormir e ouvem histórias lidas pelos funcionários. De manhã são levadas para uma creche diurna próxima.
Qualquer progenitor pode colocar os filhos nestes centros, para isso basta que apresente provas dos horários de trabalho.
Maria Klytseroff de 39 anos revela à BBC que inicialmente foi difícil deixar os filhos a dormir noutro local que não a sua casa, mas que actualmente passam cerca de duas a três noites nestes centros e já criaram várias amizades.
“Sou mãe solteira e queria regressar ao meu trabalho, que é à noite” explica.
Esta medida é bem vista por muitos dos pais com profissões que exigem horários mais inconvenientes. Funcionários de hospitais, restaurantes ou do sector de transportes são os que mais beneficiam deste tipo de creches.
Mas nem todos aprovam este modelo de “educação”. Madeleine Wallin presidente da Federação Europeia de Pais e Responsáveis em Casa revela à BBC que não concorda com estas instituições pré-escolares por acreditar que “passar horas e horas longe dos pais pode ser incrivelmente stressante para as crianças. Basta reparar na linguagem corporal delas quando são deixadas na creche”.
A Suécia é regularmente incluída no grupo de países apontados como os melhores do mundo para ter filhos e constituir família. Por isso medidas deste tipo não são surpresa.