A passagem para o Chile reservava-nos algumas surpresas.
À medida que íamos subindo até aos 4760 metros, o vento era cada vez mais forte e a temperatura baixava drasticamente. Começou a cair granizo, e aqueles que esperavam junto às suas viaturas depressa regressaram ao seu interior tal era a agressividade com que eram atingidos!
Na fronteira tivemos que aguardar, pois a fila para passar era longa. Ali foi-nos pedido para deitar no lixo todo o tipo de alimentos que não estivessem embalados. E assim foi.
O vento era cada vez mais forte e com a altitude alguns sentiam dores de cabeça, enjoos, falta de ar e fez com que os veículos perdessem a sua potência, o que não nos incomodou, pois perante a magnífica paisagem que íamos encontrando até foi, apesar de tudo, relaxante.
Foi uma viagem bem longa. Saímos cedo e só chegámos a Copiapó perto das 23h, onde ficaríamos 3 noites e dois dias. No dia seguinte, a etapa Copiapó – Copiapó decorreu com normalidade, mas após o almoço, o vento começou a subir e o acampamento que assentava sobre terra depressa se tornou insuportável. As tendas voavam, as pessoas corriam para as apanhar e era impossível ver para além de 4 metros. Felizmente, durou pouco esta tempestade, e rapidamente o bivouac voltou à normalidade.O dia seguinte, domingo, foi de descanso para a grande maioria e o tempo quente regressou a Copiapó.