Ao que tudo indica, serão quatro os feriados nacionais que o Governo vai cortar em 2012, em nome do aumento da produtividade do país. Ainda que o tema não esteja totalmente encerrado, tudo aponta para que, em 2012, as celebrações do Corpo de Deus (7 de junho), da Assunção de Nossa Senhora (15 de agosto), da Implantação da República (5 de outubro) e da Restauração da Independência (1 de dezembro) deixem de merecer um dia descanso nacional. Medida que deitará por terra, em 2012, a hipótese de uma ponte (o Corpo de Deus é sempre a uma quinta-feira) em junho e um fim de semana prolongado em outubro. De resto, o 15 de agosto é, no próximo ano, a uma quarta-feira e o 1 de dezembro é um sábado.
O resto do ano, como o Governo desistiu da ideia fazer gozar os feriados nas sextas ou segundas-feiras mais próximas do fim de semana, vão restar ainda, a nível nacional, seis feriados a meio da semana. Melhor ainda, restam quatro pontes e um fim de semana grande para gozar em 2012. Depois, há ainda os feriados municipais, sendo que, neste capítulo, perdem aqueles que festejam o São João, que, no próximo ano, calha a um domingo. O Santo António é a uma quarta-feira e o São Pedro, a uma sexta, dá direito a fim de semana prolongado.
Vamos por partes
O ano começa mal, com o dia 1 de janeiro a festejar-se a um domingo. Em fevereiro, caso Passos Coelho não se lembre de seguir uma ideia antiga do atual Presidente da República, o Carnaval vai dar direito à primeira ponte do ano.
Em abril, chega o primeiro fim de semana grande, da Páscoa. Mais à frente, o 25 de abril dá direito a feriado a meio da semana. Logo a seguir, com o Dia do Trabalhador, chega a segunda possível ponte do ano, de sábado a terça-feira.
Em junho, só se safa mesmo quem brincar ao Santo António e ao São Pedro. Com o fim do feriado do Corpo de Deus, vai à vida uma ponte. Para piorar, o Dia de Portugal e de Camões goza-se a um domingo.
Vem o verão, começa o outono e nada. É preciso esperar por novembro para pensar de novo em miniférias. Com feriado de Todos-os-Santos (1 de Novembro) a calhar a uma quinta-feira, cá está a oportunidade de uma terceira ponte em 2012. Depois desta, toca a trabalhar até ao Natal, que vai calhar a uma terça-feira. Mais uma ponte. A que poderá seguir-se logo outra, uma semana depois, se o Governo e a Troika não se lembrarem de, em 2013, cortar com o feriado do Ano Novo…