Em fevereiro deste ano, o presidente do American College of Surgeons aproveitou o Dia de São Valentim para escrever um editorial na Surgery News sobre a sexualidade. Na prosa, Lazar Greenfield ciatava um estudo, de 2002, que analisava o potencial papel do sémen no alívio dos sintomas depressivos na mulher.
“Há, portanto, um laço mais profundo entre homens e mulheres do que aquele que S. Valentim podia imaginar e agora sabemos que há um presente melhor do que chocolates”. A conclusão de Greenfield reabria assim o debate e a controvérsia, ao ponto de o prestigiado professor na Universidade do Michigan optar por se demitir, primeiro, do cargo de editor na News e, depois, do de presidente do American College of Surgeons.
A polémica foi analisada pela última edição da revista norte-americana Popular Science, que recuperou o estudo de 2002. Na altura 293 universitárias responderam a questionários sobre o seu historial sexual e submeteram-se a um inquérito usado mundialmente para medir os sintomas de depressão. Conclusão: as mulheres que tinham sempre relações sexuais não protegidas tinham níveis depressivos significativamente mais baixos do que aquelas que usavam sempre preservativo ou que não tinham relações sexuais. No entanto, entre estes dois últimos grupos não foram registadas diferenças, levando os investigadores a concluir que o que melhora o humor não é o ato sexual em si.
E a polémica continua.