João Carvalho, da Direcção Regional Norte da Liga Portuguesa contra o Cancro, lembrou que as possibilidades de cura de um cancro da mama “são superiores a 90 por cento”, desde que a detecção seja precoce e o tratamento eficiente.
O coordenador do Grupo de Patologia da Mama da Unidade Local de Saúde do Alto Minho, Rui Gomes, deixou uma “chamada de atenção” ao poder político para a necessidade urgente de alargar o rastreio do cancro da mama a todo o país.
“Em Portugal, começamos sempre muito tarde em tudo. O rastreio do cancro da mama só começou em 1990, na região Centro, estendendo-se muito tempo depois para o Norte, enquanto que no Sul ainda quase não avançou”, criticou Rui Gomes.
Desde 1995, e segundo João Carvalho, regista-se em Portugal uma tendência para a diminuição da mortalidade associada ao cancro da mama, fundamentalmente graças a um diagnóstico mais precoce e a uma melhor qualidade do tratamento.
Os responsáveis falavam no decorrer da iniciativa “Viana do Castelo na prevenção do cancro da mama”, que decorre até 30 de Outubro e que inclui diversas acções de sensibilização para a prevenção da patologia.
Portugal regista, anualmente, 4.500 novos casos do cancro da mama.
“Todas as mulheres têm algum risco de contrair cancro da mama”, alertou João Carvalho.
O cancro da mama mata, por ano, mais de um milhão de pessoas em todo o mundo.