MANUAL DA VACINA:
- GRUPOS DE RISCO: Os primeiros da fila
- CALENDÁRIO: Os meses da vacina
- COMBATE GLOBAL: Espreitando o mundo
- PERGUNTAS ESSENCIAIS: Para acabar com as dúvidas
- SEGURANÇA: Mitos e falsidades
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A vacina é segura?
Todos os componentes da vacina foram amplamente testados. O conservante, tiomersal, durante anos associado, indevidamente, ao aumento de casos de autismo, está presente em muitas outras vacinas e é utilizado há mais de 60 anos. O adjuvante, um extracto de tubarão, usado para potenciar o efeito da vacina, também já foi testado, pela farmacêutica que o produz, em 39 mil pessoas. Quanto ao método de fabrico, é, em tudo, idêntico ao da gripe sazonal, sendo que este protótipo foi validado, com os devidos ensaios clínicos, para um vírus bastante mais letal, o H5N1, da chamada “gripe das aves”.
Se eu pertencer a um grupo de risco ou for considerado profissional essencial, sou obrigado a vacinar-me?
Em Portugal, a vacinação é voluntária, mesmo no caso das vacinas incluídas no Plano Nacional.
Qual é a eficácia da vacina?
Estará algures entre os 70 e os 90 por cento. O grande benefício da vacinação é prevenir as formas mais graves da doença, que, em muitos casos, acaba por degenerar em pneumonia. O teste à eficácia é feito através da avaliação da resposta imunitária dos indivíduos vacinados. No seu sangue, encontram-se anticorpos específicos para o combate ao H1N1, preparados para o destruir ao primeiro sinal de infecção. Mesmo nos 10% a 30% que não apresentam qualquer tipo de resposta, verifica-se uma melhor capacidade de debelar a doença. Presume-se que, de alguma forma, o organismo se recorde do vírus apresentado na vacina, destruindo-o mais rapidamente do que acontece nas pessoas não vacinadas.
Como será a vacinação, no próximo ano?
No hemisfério sul, o H1N1 já foi incluído na vacina da gripe sazonal. Tudo indica que tal acontecerá no hemisfério norte. Nesse caso, a vacinação contra esta estirpe deixará de ser gratuita. Passará a ser administrada nos mesmos moldes da gripe sazonal.
Se tiver Gripe A fico imune para sempre?
Sim. Uma infecção por um determinado vírus influenza fica para sempre gravada na memória do sistema imunitário. Mesmo que o vírus se modifique – o que é muito provável -, subsistem semelhanças que tornam mais fácil o combate ao mesmo, numa pessoa previamente infectada. As pessoas que tenham tido um diagnóstico de Gripe A, confirmado em laboratório, não precisam de ser vacinadas.
Se tiver sido vacinado este ano, tenho de voltar a vacinar-me no próximo?
Se quiser continuar protegido contra a Gripe A, deve voltar a vacinar-se. Em princípio, a vacina não dá imunidade permanente.
No caso de o vírus mutar, a vacina continua a ser eficaz?
O nível de protecção baixará, se ocorrerem mutações no H1N1. Mesmo assim, a vacina continua a conferir um certo grau de protecção, já que o vírus manterá, certamente, algumas das suas características.
Quem tiver sido vacinado contra a gripe sazonal pode ser vacinado também contra a Gripe A?
Sim. Basta que seja respeitado um intervalo de um mês entre cada uma das vacinas. Este ano é muito provável que o vírus dominante seja o H1N1. Ainda assim, podem ocorrer infecções pelo vírus da gripe sazonal. Por isso, os grupos de risco devem estar protegidos contra os dois vírus circulantes.
É possível verificar, após o período de doença, se tive Gripe A?
Em termos puramente teóricos, sim. Mas, na prática médica, não se fazem testes após a infecção. As pessoas que pertencem a grupos de risco e que suspeitam ter tido a doença, sem que o facto haja sido comprovado por análise laboratorial, continuam com indicação para se vacinarem.
Os efeitos da gripe são iguais em toda a gente?
De maneira alguma. O desenrolar da doença depende, essencialmente, da resposta do sistema imunitário. Um estudo recente, feito pelo Imperial College, de Londres, apresentou os seguintes números: 10% a 15% das pessoas infectadas precisam de cuidados médicos; 60% a 70% têm a doença de uma forma moderada; 20% a 30% nem se apercebem da doença – são portadores assintomáticos.