Nos seis pacientes que ficaram cegos depois de trem sido operados no serviço de oftalmolgia de Santa Maria, os médicos usaram um medicamento cuja substância activa é utilizada como substituto da quimioterapia, que mata as células fora dos vasos sanguíneos.
Na origem do uso do medicamento errado terá estado, apurou o Ministério Público, um erro na rotulagem e confirmação do medicamento em causa à chegada à farmácia hospitalar.
O Correio da Manhã explica que, na preparação, a substância activa do medicamento é escrita à mão num rótulo branco colado ao recipiente, que terá ficado ilegível, por ter de ser borrifado com álcool quando vai para a farmácia. Aí, os técnicos viram apenas um “B”, tendo deduzido tratar-se da substância bevatucimab, do medicamento Avastin, que deveria ter sido usado nos pacientes em causa.
No entanto, segundo o Ministério Público, a substância era afinal um substituto de quimioterapia, também começado por B. Um erro que pode custar a visão a pelo menos três dos pacientes.