A RTP noticiou esta quarta-feira um caso de violação de uma menor que se deslocou ao Santa Maria na noite de terça-feira e lhe foi pedido que esperasse até às 8h00 de hoje, sem tomar banho, lavar os dentes ou beber água para não apagar possíveis vestígios, porque não havia peritos para a examinar.
Aludindo ao caso noticiado, Teresa Rodrigues, do serviço de urgência do Hospital de Santa Maria, disse à Lusa que “a jovem foi orientada para as devidas instituições [Instituto Nacional de Medicina Legal-INML]” porque o Santa Maria não faz as peritagens necessárias.
Fonte médica, no entanto, garantiu à Lusa que os ginecologistas e obstetras hospitalares estão habilitados a fazer os primeiros exames médicos para detectar uma agressão sexual na ausência de um perito do Instituto Nacional de Medicina Legal.
Segundo a fonte médica ouvida pela Lusa, “o médico do Hospital de Santa Maria que observou a jovem devia ter efectuado de imediato uma zaragatoa bocal e um esfregaço vaginal, podendo a vítima ir para casa e, no outro dia, deslocar-se aos serviços de medicina legal para fazer o exame físico”.