Segundo Pavel Kosintsev, chefe de um grupo de arqueólogos do Instituto de Ecologia de Plantas e Animais da Academia de Ciências da Rússia, os pescadores viram algo que os sobressaltou e desenterraram-no.
“A julgar pelas imagens de vídeo que nos entregaram terça-feira, não temos dúvida de que se trata de ossos de um mamute, que se encontram em bom estado”, precisou.
Acrescentou que um especialista do Instituto foi deslocado para o local do achado, nas imediações da aldeia de Lénskoye, e deverá determinar agora se existe a possibilidade de efectuar escavações perto do local onde se encontrou o crânio de mamute para tentar encontrar mais ossos.
Indicou ainda que há que decidir o mais depressa possível o que fazer com o achado.
“O crânio permaneceu na água durante vários milhares de anos, agora entrou em contacto com o ar e se não se guarda rapidamente num local onde se conserve poderá desintegrar-se”, disse o arqueólogo, acrecentando que os osssos deveriam ir para um museu, embora a decisão seja da pessoa que os encontrou.
Pavel Konsintsev acrescentou que o estudo do crânio encontrado permitirá determinar que classe de mamutes habitava os Urais e conhecer melhor a evolução destes animais.
“O mais interessante é fazer-se uma ideia das condições climatéricas naquele período e tirar conclusões das mudanças climáticas no futuro”, argumentou.
Na Primavera de 2008 foram encontrados na região de Penza, 600 quilómetros a sudeste de Moscovo, vários ossos de mamute que os peritos concluíram terem habitado a terra na era glaciar.
Também em 2008, pescadores siberianos encontraram no rio Longyugan, no distrito autónomo de Yamalo-Nenets, um canino de mamute de dois metros e de 5 000 anos de antiguidade.
Um dos achados mais importantes foi o de uma cria de mamute encontrada na mesma região em 2007, já que o paquiderme se conservou inteiro no gelo e conservava intactos os olhos e a tromba.