O exercício de risco sísmico, denominado “PTQUAKE09”, vai contar com a participação de equipas de protecção civil nas áreas de buscas e salvamento em ambiente urbano e de emergência médica de Espanha, com 50 elementos, França, 79, e Grécia, 16.
Os Açores e a Madeira também participam no exercício em idênticas valências.
A participação de equipas de protecção civil de outros países é extremamente importante para “testar a interoperabilidade” entre equipas, disse à Agência Lusa a directora nacional de Planeamento de Emergência da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), Susana Silva.
“Acima de tudo porque numa situação real é normal os países pedirem ajuda a países terceiros e, portanto, é fundamental saber como se faz a recepção das equipas e como se trabalha em conjunto”, salientou.
No total, o exercício envolverá 24 entidades, cerca de 1.600 elementos operacionais e vai decorrer sem interrupção na cidade de Lisboa, Benavente, Vila Franca de Xira e Seixal.
O “PTQUAKE09” é o terceiro e último simulacro planeado pela ANPC para validação do Plano Especial de Emergência de Risco Sísmico para a Área Metropolitana de Lisboa e Concelhos Limítrofes (PEERS-AML), tendo os anteriores decorrido em Maio e Novembro de 2008.
No simulacro de Novembro de 2008 uma das principais falhas detectadas relacionou-se com as comunicações, nomeadamente a excessiva dependência das entidades envolvidas nas redes móveis, segundo a ANPC. Neste sentido, não vão ser utilizados telemóveis, mas sim as redes de comunicação própria da ANPC e dos restantes agentes da Protecção Civil.
O Centro Táctico de Comando (CETAC), que permite substituir o Comando Nacional de Operações de Socorro em caso de colapso da sede da ANPC, vai ser utilizado pela primeira vez no exercício, que decorrerá entre as 14:00 de hoje e as 16:00 de quarta-feira.