Alberto Ortega, pároco do bairro Santa Ana, da cidade de Guaymallen, fez a revelação aos seus paroquianos, dois meses depois de ter pedido uma dispensa da Igreja para se casar, disseram fontes eclesiásticas ao diário El Sol de Mendoza, capital da província homónima.
“Ortega quer continuar a cumprir com as normas do ministério e por isso solicitou dispensa que o liberte de celebrar missa, confessar, pregar e do celibato mas isso terá de ser considerado pelo papa Bento XVI”, disse Sergio Buenanueva, bispo auxiliar do arcebispado de Mendoza.
Buenanueva evitou comentar rumores segundo os quais o cura já tem um filho de 7 anos com a mulher com quem quer casar-se.
“São fragilidades da natureza humana, nós continuamos a defender o sacerdócio celibatário porque acreditamos que é o melhor”, vincou.
Ortega evitou falar do assunto com a imprensa enquanto os seus paroquianos coincidem em dizer que é um sacerdote “muito querido” no bairro de Santa Ana.
No início do mês, o sacerdote Víctor Casas, da localidade de Lasitur, província de Córdoba (centro), também surpreendeu os paroquianos ao anunciar-lhes durante uma homilia que deixava o hábito para se casar com a mulher de quem espera um filho.
Estas notícias surgem num momento em que a América Latina está particularmente atenta à paternidade por parte dos homens da igreja, depois do presidente paraguaio, Fernando Lugo, ex-bispo, ter reconhecido um primeiro filho e ser ameaçado com processos de filiação de outros cinco.
A Igreja católica exige aos seus sacerdotes castidade.