“O ambiente estava muito tenso e eu estava muito preocupado com uma carta a ameaçar de morte alguns elementos do Sporting. Tendo isto em conta, tudo o que se passou durante a semana, tomei as precauções que deviam ser tomadas”, disse a este jornal desportivo o subintendente Costa Ramos, que comandou os cerca de 140 elementos da PSP em Alvalade.
Os visados na carta eram o presidente do Sporting, Soares Franco, o treinador Paulo Bento e os jogadores Pedro Barbosa, Rui Patrício e Miguel.
Soares Franco confirmou, ter recebido “mensagens agressivas e ofensivas”, reconhecendo que no país tem “aumentado alguma criminalidade e banditismo”, mas apelou à “unidade” e “acalmia”.
O dirigente manifestou-se indignado com as palavras de ordem pintadas nas paredes da Academia de Alcochete em protesto contra a equipa de futebol por causa dA derrota com o Bayern de Munique (7-1).
“Não admito que o património do Sporting seja agredido. É nossa obrigação dizer aos sportinguistas para que sejam solidários. Só assim teremos um Sporting mais forte”, advertiu Soares Franco, durante a cerimónia do 15º aniversário do núcleo de Mafra.
Para o presidente do clube de Alvalade, “o Sporting tem que levantar a cabeça e seguir em frente”, lembrando que o clube ocupa actualmente o segundo lugar no campeonato e que “tudo ainda é possível” na luta pelo título.
Em relação às faixas que a polícia retirou do estádio durante o jogo com o Rio-Ave, o presidentre do Sporting disse que não tinha tido qualquer intervenção.
Já o subintendente estranha que tenham sequer entrado no recinto, já que eram faixas que não estavam autorizadas.
“Também gostava de saber, mas a revista à entrada é feita pelos assistentes, não pela PSP. Há qualquer coisa que não está a funcionar bem”, disse Cosa Ramos, explicando que se não tivessem sido retiradas “alguns adeptos iriam fazer asneira da grossa”.