RIR – Reagir, Incluir e Reciclar
Vitorino Silva
Foi em 1999 que Vitorino Silva se tornou o improvável protagonista de um Congresso do PS, com um discurso que arrancou gargalhadas e terminou num efusivo abraço ao então líder António Guterres, perante uma sala em êxtase. Hoje, o político que os portugueses conhecem como “Tino de Rans” usa, como palanque, o RIR – partido que concorre a todos os círculos eleitorais (e que, há dois anos, somou mais de 35 mil votos). Para estas eleições, o RIR aposta “na defesa da democracia”, que Vitorino Silva diz estar “a ser desrespeitada por um sistema que prejudica os pequenos partidos”. Garante, ainda assim, que o RIR “vai chegar à Assembleia da República”, com a eleição de Márcia Henriques (candidata por Lisboa) ou do próprio (pelo Porto). “O povo está cansado dos mesmos rostos de sempre. Eu sou o único candidato fora do sistema. O RIR é povo autêntico.”
Ergue-te
José Pinto-Coelho
Nas legislativas de 2019, o Ergue-te (ex-PNR) perdeu mais de dez mil votos (ficando-se em pouco mais de 17 mil), resultado que se explica facilmente com a ascensão do Chega. O partido que, desde 2005, é presidido por José Pinto-Coelho – cabeça de lista por Lisboa – apresenta-se a estas eleições em três linhas: “Combater a perda de identidade nacional, atribuindo nacionalidade portuguesa apenas a filhos de pais portugueses, combater a corrupção do sistema e, neste contexto, devolver a liberdade às pessoas, para que possam lutar contra uma pandemia que, na verdade, não passa de uma fraude”. Seguro no que chama “coerência ideológica”, José Pinto-Coelho não teme maus resultados, devido ao aumento da concorrência no campo da direita radical, preferindo marcar diferenças. “Somos o único partido nacionalista português e vamos continuar o nosso percurso, independentemente de surgirem por aí uns vendedores da banha da cobra.” Quanto a objetivos, Pinto-Coelho aponta para a “entrada no Parlamento, para mudar a Constituição e derrubar o regime”.