A política partidária em Portugal não se faz somente das palavras expressas no hemiciclo do Parlamento. Não se esgota nos rostos que, durante estas semanas, nos entram em casa, pela televisão, aparentemente debatendo as melhores ideias para o País. Nem se resume apenas aos diretos à hora dos telejornais, com gestos eloquentes, que dão ênfase aos grandes temas, através da voz dos principais líderes políticos portugueses, interrompendo e baralhando a grelha informativa.
Os partidos sem assento parlamentar resistem discretos. Hoje, neste universo, há realidades muito distintas. Alguns destes projetos político-partidários dão os primeiros passos, não faltando reservas de energia e otimismo. Outros, porém, sobrevivem a dias difíceis, marcados pela fuga de militantes e de votos para formações do mesmo espectro político, mais populares e mediáticas e, naturalmente, com melhores meios de campanha. Alguns ponderaram a extinção, mas ainda se agarram ao presente – em coligação ou participando no número possível de círculos eleitorais. A confiança já não é o que era.