Henrique de Gouveia e Melo
- Independente
- Apoios: CDS e…?
- Ponto forte: Tem grande notoriedade. Pode gerir o tempo de apresentação da candidatura. Conduziu com eficácia o plano de vacinação durante a Covid-19. Tem uma imagem acima dos partidos.
- Ponto fraco: A condição de militar pode jogar contra ele. Não se lhe conhecem ideias políticas para o País. Dificilmente terá uma máquina partidária a organizar-lhe e a financiar-lhe a campanha.
José Pedro Aguiar-Branco
- Militante do PSD
- Apoio: PSD ou AD?
- Ponto forte: Tem um perfil moderado, muito capaz de ir buscar votos ao centro-esquerda. Não tem anticorpos junto da direita mais radical. Notabilizou-se pelas suas intervenções como presidente da AR.
- Ponto fraco: Mesmo ocupando o cargo que ocupa, falta-lhe notoriedade nacional. Precisa de arrancar cedo, o que o obrigará a deixar a sua tribuna na AR. Tem concorrência no seu partido.
Luís Marques Mendes
- Militante do PSD
- Apoio: PSD ou AD?
- Ponto forte: Tem grande notoriedade e exposição semanal em canal aberto, como comentador da SIC. Tem um perfil moderado, capaz de recolher votos no centrão. Corresponde ao perfil definido pelo PSD.
- Ponto fraco: Percurso televisivo demasiado decalcado do de Marcelo Rebelo e Sousa, mas sem ser a mesma coisa. Pode ter muita concorrência, dentro da sua área política e, até, do seu partido.
André Ventura
- Líder do Chega
- Apoio: Chega
- Ponto forte: Com plena notoriedade nacional, pode gerir o tempo para anunciar candidatura. Agrega todo o eleitorado do Chega. Exímio em campanha e nos debates-espetáculo. Tem máquina partidária.
- Ponto fraco: Muito marcado ideologicamente, não terá votos à sua esquerda. Concorrência do almirante pode tirar-lhe o eleitorado antipartidos.
Pedro Passos Coelho
- Militante do PSD
- Apoio: AD e…?
- Ponto forte: Tem notoriedade nacional e pode gerir entrada na corrida. Consegue agregar toda a direita e algum eleitorado antipartidos. Entusiasma vastos setores da AD e terá máquina partidária.
- Ponto fraco: Pouca capacidade de conquistar votos ao centro e ainda menos à esquerda. Probabilidades escassas de ganhar à segunda volta.
Pedro Santana Lopes
- Independente
- Apoio: Chega e…?
- Ponto forte: Mantém intacta a notoriedade nacional, reforçada pelo comentário no canal NOW. Tem um discurso “fácil” e persuasivo, muita experiência política, simpatia pessoal e alguma popularidade em campanha.
- Ponto fraco: Não tem máquina partidária. Muita concorrência na sua área política. Credibilidade afetada pelo desempenho como primeiro-ministro. Aproximação a André Ventura joga contra ele.
António José Seguro
- Militante do PS
- Apoio: PS
- Ponto forte: Tem a imagem de um político sério e moderado. O PS admite colocar a máquina à sua disposição. Como comentador televisivo, pode recuperar a notoriedade perdida.
- Ponto fraco: Está há demasiado tempo fora da política e o seu nome não empolga o eleitorado. Terá de anunciar a candidatura o mais cedo possível, para os portugueses se habituarem à ideia… e a ele.
Paulo Portas
Militante do CDS
Apoio: CDS e…?
Ponto forte: Mantém intacta a sua notoriedade, alimentada pelo comentário televisivo. Tem um discurso persuasivo, pode passar por moderado e é eficaz em campanha e nos debates.
Ponto fraco: Embora tenha o apoio incondicional do CDS, será difícil convencer o partido de coligação, que tem as suas próprias hipóteses de candidaturas. Isso limita a máquina partidária e a penetração no centrão.
Mário Centeno
- Área do PS
- Apoio: PS?
- Ponto forte: Ficou no imaginário do eleitorado como o ministro que virou a página da austeridade e solidificou as contas nacionais. Também por isso, pode penetrar no eleitorado mais à direita.
- Ponto fraco: Paradoxalmente, o PS de Pedro Nuno Santos resistirá em conceder-lhe o apoio e a máquina de que precisa. Terá de antecipar a candidatura, tornando-a facto consumado, e deixar o Banco de Portugal…
Augusto Santos Silva
- Militante do PS
- Apoio: PS
- Ponto forte: Intelectualmente, é o mais bem preparado dos candidatos potenciais. Conseguirá fazer o pleno da esquerda, pelo menos, à segunda volta. Terá máquina partidária. Mas tem concorrência na sua área…
- Ponto fraco: Não consegue, em campanha, uma popularidade fácil. Tem dificuldade em penetrar no centro e não terá um único voto à direita.
António Vitorino
- Militante do PS
- Apoio: PS
- Ponto forte: Tem uma imagem de competência técnica, projeção internacional e moderação política. Simpático, pode revelar-se, em campanha. Agrada ao centrão e pode obter simpatias no centro-direita.
- Ponto fraco: Já não tem a notoriedade que teve, em tempos, e precisará de arrancar antes da concorrência. Não é um nome óbvio, capaz de entusiasmar o eleitor comum.
Paulo Raimundo
- Líder do PCP
- Apoio: PCP
- Ponto forte: Tem experiência política e de campanha e a notoriedade própria do secretário-geral do PCP. Pode gerir a entrada na corrida, marcar a agenda, fixar o eleitorado comunista e ganhar outros eleitores, à esquerda.
- Ponto fraco: Sem hipótese de vitória ou de forçar, sequer, uma segunda volta, pode expor as fragilidades eleitorais atuais do PCP, sobretudo se for vítima do voto útil…
Já há dois candidatos a Belém
A psicóloga e comentadora Joana Amaral Dias, que foi militante do Bloco de Esquerda, mandatária de juventude da 3.ª candidatura de Mário Soares a Belém e candidata às eleições europeias pelo ADN, já anunciou a sua candidatura às presidenciais de 2026. Uma semana depois, seguiu-se o anúncio da candidatura do líder do S.TO.P. (Sindicato de Todos os Profissionais de Educação), André Pestana, dissidente do Bloco de Esquerda e fundador do MAS (Movimento de Alternativa Socialista). São os primeiros candidatos oficiais a Belém (ou pré-candidatos, até que as candidaturas sejam devidamente formalizadas), e ambos têm em comum com o possível concorrente André Ventura um discurso antissistema.