A psicóloga e comentadora Joana Amaral Dias vai ser a candidata ao Parlamento Europeu pelo Alternativa Democrática Nacional (ADN), confirmou, à VISÃO, fonte oficial do partido.
Através de um vídeo, publicado nesta terça-feira, na rede social Facebook, Joana Amaral Dias já tinha anunciado que seria candidata às eleições europeias de 9 de junho, embora não anunciando a força partidária pela qual concorreria. No vídeo, a candidata do ADN diz “não conseguir ficar de braços cruzados” perante as “injustiças”, as “ameaças à paz”, as “ameaças às liberdades”. E apresenta-se como a candidata “alternativa”, que vai “lutar pelos direitos” dos cidadãos e “denunciar os lóbis e negociatas daqueles que se comportam como os donos disto tudo”.
Com um longo currículo na política portuguesa, Joana Amaral Dias foi deputada do Bloco de Esquerda (entre 2002 e 2005), mandatária de Mário Soares nas presidenciais de 2006, esteve ligada ao movimento Juntos Podemos – que chegou a discutir poder integrar o Livre –, foi candidata às eleições legislativas de 2015 pela coligação AGIR (que juntou PTP e MAS) e, em 2017, concorreu pelo Nós, Cidadãos! à Câmara Municipal de Lisboa. Nos últimos anos, é figura assídua na TV, como comentadora em crónicas criminais e de assuntos políticos.
A apresentação da candidatura de Joana Amaral Dias está marcada para esta quinta-feira, às 18h00, na Associação dos Deficientes das Forças Armadas, em Lisboa.
Recorde-se que o ADN foi a grande surpresa nas legislativas de 10 de março, conseguindo mais de 102 mil votos, dez vezes mais do que nas eleições anteriores (tinha conseguido apenas 10 911 votos em 2022). A Aliança Democrática (AD) chegou a queixar-se de confusão das siglas, que poderia ter justificado este crescimento, beneficiando o pequeno partido, mas esta versão foi sempre rejeitada pelo presidente Bruno Fialho. O resultado seria também explicado pelo apoio evangélico ao partido, que tem uma bancada evangélica. As eleições valeram ao ADN uma subvenção de quase 340 mil euros.