“Quem sai vitorioso é definitivamente o Chega […]. Isto só pode ser considerado uma grande vitória, uma estrondosa vitória para o Chega esta noite”, afirmou a secretária-geral da estrutura regional do partido, Olivéria Santos, nas instalações dos Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada, onde a candidatura acompanha a noite eleitoral.
De acordo com a projeção à boca das urnas realizada pela Universidade Católica para a RTP, divulgada às 19:00 locais (20:00 em Lisboa), a coligação PSD/CDS/PPM, que governa atualmente nos Açores, vence hoje as eleições legislativas regionais, obtendo entre 40% e 45%, com margem para maioria absoluta.
Com esta percentagem, a coligação PSD/CDS/PPM pode eleger entre 25 e 31 dos 57 deputados do parlamento dos Açores, sendo necessários 29 mandatos para uma maioria absoluta.
O PS fica entre 32% e 37% dos votos, elegendo 19 a 25 deputados, e o Chega obtém entre 8% e 11% dos votos e pode eleger quatro a oito deputados.
Em 2020, o Chega tinha obtido dois assentos e assinou um acordo de incidência parlamentar que, juntamente com um acordo entre a IL e o PSD, viabilizou a governação da coligação PSD/CDS/PPM. Meses depois, um dos deputados do Chega desvinculou-se do partido e manteve-se como independente no hemiciclo.
Olivéria Santos sublinhou que o partido é a terceira força política na região e lembrou que a eleição de quatro deputados era o mínimo que o partido tinha definido como meta para hoje.
“Isto é resultado de um trabalho árduo de três anos que o Chega fez na rua com as pessoas, falando com elas, percebendo quais eram os seus problemas, as suas ansiedades, e percebendo aquilo que os açorianos queriam”, afirmou.
O partido, acrescentou, entende que os açorianos “querem uma diferença, querem uma limpeza” e é essa a proposta do partido, para “transformar os Açores”.
Durante a campanha, o partido afirmou que tinha como objetivo formar um governo à direita, desde que a coligação assumisse determinados compromissos.
A projeção indica que a Iniciativa Liberal (IL), o Bloco de Esquerda (BE), o PAN (Pessoas-Animais–Natureza) e a CDU – Coligação Democrática Unitária (coligação PCP/PEV) obtêm os mesmos resultados, entre 1% a 3%, podendo não eleger ou conseguir um mandato no máximo.
Em relação à estimativa de participação eleitoral, a projeção aponta para uma abstenção entre 44% e 50%.
O Presidente da República decidiu dissolver o parlamento açoriano e marcar eleições antecipadas após o chumbo do Orçamento para este ano.
Onze candidaturas concorrem às legislativas regionais, com 57 lugares em disputa no hemiciclo: PSD/CDS-PP/PPM, ADN, CDU (PCP/PEV), PAN, Alternativa 21 (MPT/Aliança), IL, Chega, BE, PS, JPP e Livre.
Em 2020, o PS venceu, mas perdeu a maioria absoluta, surgindo a coligação pós-eleitoral de direita, suportada por uma maioria de 29 deputados após assinar acordos de incidência parlamentar com o Chega e a IL (que o rompeu em 2023). PS, BE e PAN tiveram, no total, 28 mandatos.
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Lusa/fim