Mário Centeno falou pela primeira vez hoje sobre o facto de ter sido aventado como hipótese por Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa para liderar um governo, na alternativa que foi colocada em cima da mesa às primeiras horas de não serem convocadas eleições. “Recebi um convite do Presidente e do primeiro-ministro para refletir e considerar a possibilidade de liderar o governo”, disse. “Estava muito longe de chegar a uma decisão”, disse ao Financial Times.
Depois de António Costa ter divulgado o seu nome, o Governador do Banco de Portugal ficou debaixo de fogo da oposição. A comissão de ética do Banco de Portugal deverá reunir amanhã para avaliar o sucedido e perceber se tal toldou a sua independência.
Segundo o regulamento de conduta do supervisor bancário, cabe à Comissão de Ética “promover a elaboração, a aplicação, o cumprimento e a atualização do código de conduta do Banco aplicável aos membros do Conselho de Administração”.
O Banco Central Europeu não quis pronunciar-se sobre a matéria. “Não temos comentários , mas lembro que o Código de Conduta do BCE aplica-se a todos os membros do Conselho”, indicou uma porta-voz da autoridade bancária ao Expresso.
Escassas horas depois, o Presidente da República desmentiu esta informação numa nota publicada no site da Presidência.
Nota: Atualizado com reação da Presidência da República às 02.00