Escolheu Alemão no Secundário, porque quase ninguém queria. Com a Agropecuária, passou-se o mesmo. Foi para ali porque fugiam dela. Em ambos os casos, não se deu mal, mas cedo mudou de rota.
Filho de um operário metalúrgico e de uma então chamada “mulher a dias”, ambos com a quarta classe, Luís Rodrigues cresceu no bairro clandestino da Brandoa (Amadora) e foi, contra todas as probabilidades, o primeiro membro da família de origens humildes a entrar na universidade. Terá o novo líder da TAP inclinação por missões impossíveis? A resposta vem no relatório da sua audição na Assembleia Legislativa dos Açores, quando, em finais de 2019, foi indigitado para liderar o grupo SATA: “O dr. Luís Rodrigues destacou que, ao longo dos seus 30 anos de carreira, tem particular motivação pelo desempenho das funções de gestor em situações difíceis, complexas, em que haja falta de alinhamento estratégico e falta de motivação dos recursos humanos, pois acredita ser possível deixar as coisas melhores do que quando as encontrou, levando as pessoas a produzir mais do que faziam no passado.”