Carlos Vaz, deputado municipal de Braga, eleito pelo Aliança, apresenta, esta sexta-feira, a primeira declaração política em Portugal escrita por inteligência artificial. No âmbito de uma distinção do britânico Financial Times, que destacou Braga como “a melhor cidade do futuro”, na categoria dedicada à estratégia de captação de investimento externo, Carlos Vaz vai apresentar, na reunião da Assembleia Municipal de Braga, que decorre esta noite, um voto de congratulação escrito exclusivamente pelo ChatGPT.

O deputado municipal explica que “esta distinção é um feito único, muito relevante” e, então, decidiu “ir ao futuro” e “pedir a um algoritmo de inteligência artificial, o ChatGPT, para escrever o voto de congratulação”. “Pareceu-me adequado, tendo em conta o tema”, sublinha.
Com formação e percurso profissional feito na área da tecnologia, Carlos Vaz explica que decidiu inovar com este passo para alertar que “o mundo está a mudar e que precisamos, todos, de estar muito atentos às novas ferramentas tecnológicas disponíveis”. O autarca bracarense, eleito pelo Aliança – que integrou a coligação “Juntos por Braga”, com PSD, CDS-PP e PPM (e que reelegeu Ricardo Rio para um terceiro mandato à frente da autarquia) –, que acredita que a inteligência artificial “pode continuar a revolucionar” o mundo, mas destaca que a vê a mesma “muito mais como uma oportunidade [para a política e os políticos] do que verdadeiramente uma ameaça”.
“As máquinas, por muito inteligentes que sejam, nunca vão poder fazer algumas coisas pelo homem. Neste caso, a inteligência artificial pode ser uma grade aliada, mas nunca vai substituir as competências humanas, que distinguem o homem não só das máquinas, mas também dos outros animais. Isso é insubstituível”, reforça.

À VISÃO, Carlos Vaz descreve o pedido feito ao ChatGPT: “Financial Times destaca Braga como melhor cidade do futuro, escreve, em nome do grupo municipal do partido Aliança, membro da coligação Juntos por Braga, um voto de congratulação para intervir na Assembleia Municipal de Braga, fazendo uma breve referência às entidades responsáveis pelo feito”. O resultado? “Não o teria feito melhor”, garante.